sábado, setembro 10, 2011
passaram duas semanas depois do tornado qe invadira a nossa relaçao . nem eu nem tu sabiamos por onde andar . nao era verao nem primavera e a chuva nao cessava , cristalina mas fria escorria pelo vidro da unica janela qe existia na minha casa de banho . ultimamente tinha passado muito tempo fechada dentro daqelas quatro paredes laranja pálido . só saí umas cinco vezes de casa em duas semanas , para mim ainda era surreal . logo eu , qe passava grande parte do tempo ás compras , no cinema , em saidas . aqele dia tinha posto um fim nao só na nossa relaçao como nas minhas vagabundeagens incontrolaveis . das poucas vezes qe saí , nao mais serviram do qe para tentar espairecer . foram inuteis . na minha cabeça só pairava o teu nome , a tua voz ressoava nos meus ouvidos , o toqe da chuva lembrava-me os teu dedos macios sobre a pele do meu rosto e o cheiro da terra molhada pela chuva um tanto salgada só me fazia sentir ainda mais culpada . a culpa nao era só minha e eu sabia , mas qem tinha começado aqela conversa tinha sido eu por ja nao aguentar mais . se deixasse passar mais um dia estava a dar um passo em frente no abismo . sabiamos qe este dia tinha qe chegar , nao tinhamos era a certeza de quando . a unica coisa qe restava eram memorias , fotografias , lugares e cheiros . tu levaste tudo o qe te pertencia , incluindo o meu coraçao . estava agora deitada sobre a colcha verde pimento da minha cama listrada a castanho . no lado esqero havia uma forma decalcada no colchao . a forma do teu corpo . estava a olhar para o candeeiro bege perolado qe se centrava no imaculado branco do tecto . lembrei-me entao de uma tarde de verao em qe tinhamos ido passar ferias a veneza . tinhamos andado de canoa por essas ruas mergulhadas em turqesa água doce . só passaram duas semanas e nao sabes a falta qe me fazes . ainda me lembro de quando dizias qe dentro de ti existia um eu muito mais forte do qe eu imaginava . e eu sempre disse “gosto de gostar de ti” .
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