Não escrevo há já algum tempo, mas hoje senti um aperto enorme, um vazio inexplicável... Tive que voltar para desabafar com ninguém. Talvez tenha a minha técnica um pouco enferrujada, ou então não estou inspirada para fazer arte neste momento, mas vou apenas escrever porque posso.. escrever por escrever. Esquecer as regras por um momento e deixar o coração guiar os meus dedos. Sentia falta do "click-click" das teclas, de ver as minhas ideias surgirem no ecrã como que se ele me lesse os pensamentos. Sentia falta da poesia, que é sem dúvida alguma a minha praia, a área onde me sinto mais à vontade.... é a minha "raison d'étre"...
A rotina sufocante já me começou a afetar de novo, apesar de as aulas terem apens começado há uma semana. Preciso de descanso permanente, de paz, sossego, calma... Preciso de me sentir despreocupada, saber que tenho tempo e não tenho nada que me o ocupe. É disso que preciso neste momento e sempre.

Preciso também de conhecer gente nova ...

No silêncio da noite, os fracos ganham força e os fortes perdem-se. No silêncio da noite, as pessoas mudam, as regras são feitas para se quebrar e os medos são assombrosos. A dor aumenta e a fé diminui: a fé em Deus e a fé no Universo que nos sustém. As vozes ecoam pelas mentes e as musas revelam-se aos artistas. Os loucos ganham fama e os certos perdem juízo. A inocência morre.
É também no silêncio da noite, que as saudades mais apertam... Tenho dito.

 
Há por aí muita gente a quem isto se aplica. Há por aí muita gente que não se contenta com a sua vida, e então preocupa-se com as dos outros. Há por aí muita gente que devia mesmo estar a servir de tapetes aos outros, porque são o tipo de pessoas que só servem mesmo é para pisar.
Eu dou-me com todo o tipo de pessoas, sejam elas como forem. E não as julgo pelos seus erros e escolhas desacertadas do passado, porque acredito que se possam ter emendado. A única coisa que me pode fazer deixar de querer estar com elas é o facto de elas fazerem alguma coisa que me afete diretamente. Mas se há coisa que eu não suporto é FALTA DE PERSONALIDADE E CARÁTER. Por isso, queridas hoe's e excelentíssimos players, olhem-se ao espelho antes de tentarem rebaixar os outros. Lá porque os vossos pais nunca vos deram um par de chapadas , não quer dizer que não as levem agora (:

"Peço que me perdoes, amor meu, pela minha ausência. Peço que me perdoes por não te ter escrito nos tempos passados, mas o Inverno chegou... e tu sabes como eu fico no Inverno: melancólica, triste, deprimida.
Faz muito frio aqui na terra. Ainda não nevou nem choveu, mas o frio tem sido insuportável... pelo menos para mim. Todos os meus amigos dizem que é apenas impressão minha, mas como pode ser? O frio é mesmo real. é tão intenso que me gela os ossos e queima a pele. Mas se calhar, se cá estivesses, não seria tão frio...
Peço também que ignores o facto de não ter nada de interessante para dizer. A verdade é que, desde que te foste, não aconteceu nada de especial por estes lados. Os dias têm sido todos idênticos; as rotinas são cada vez mais sufocantes. Toda a aldeia o diz, mas eu nego essa possibilidade em público: tu fazes cá muita falta. Mas sabes que, quando te encontras sozinho, não há como escapar aos teus pensamentos... e os teus fantasmas perseguem-te e fazem-te chorar a alma. Aí, então, admito as saudades serem reais e assombrosas.
Na verdade, não estou assim tão mal. Percebo a tua necessidade de ires para fora, mas admito que ignoro o porquê de me teres deixado aqui, sozinha... No entanto, não te peço para voltar: peço-te apenas que me escrevas um pouco mais, e mais frequentemente. Quero que me contes as tuas histórias e que me descrevas as paisagens da Cidade. Quero que sejas feliz, com ou sem mim. Não te direi que não te amo, pois mentir não me assenta, nem  prometerei esquecer-te , pois sei que nunca o conseguirei fazer. Apenas te garanto não ficar chateada, nem tão pouco rancorosa. Eu amo-te, contigo ou sem ti. E quem ama, cuida.
Por isso, meu rei, eu cuidarei de ti: se não da tua presença, será então da tua memória."

Tudo o que me deres hoje...

Eu dar-te-ei a dobrar no futuro.



Pelo simples facto de gostar de ti. Pelo simples facto de te querer comigo todos os dias. Pelo simples facto de ser o teu sorriso a iluminar-me as noites mais escuros e ser o teu carinho a aquecer-me nas manhãs mais frias. Pelo simples facto de ser o teu respirar que me sustém e por ser o teu olhar o meu farol.
Por tudo isto e só mesmo porque posso; eu amar-te-ei com todas as forças que tiver. Prometo.

Cansei-me de te pedir que ficasses. Cansei-me de pedir que não fosses embora, que não deitasses tudo a perder. A partir de agora, já não vai funcionar assim; se quiseres ficar, fica. Mas se quiseres ir embora, então vai. Desaparece de uma vez. Não vás ficando e desaparecendo, porque assim confundes-me, e eu não preciso que me confundas ainda mais.
Provavelmente não vais ficar. Vais virar costas, porque, afinal, é o mais fácil de fazer. Mas se realmente estiveres afim de ficar... então vai ser um "nós" até ao final.