sábado, outubro 29, 2011



Ah, que dor! Que tortura! Que triste! O amor, uma coisa tão poética e ao mesmo tempo tão triste, tão vulgar, tão deprimente. Que nos sufoca por gostarmos tanto, que nos prende por amarmos a liberdade, que nos rouba as esperanças de sermos alguém, algo mais. O amor! Que vagabundo cruel e implacável, que devora as nossas almas deixando-nos sem forças, estendidos no chão, à espera que alguém venha salvar-nos. E quando esse alguém vem, acontece tudo outra vez. É um ciclo vicioso que alimenta os poetas e lhes dá fama. Alimenta os fracos de espírito que apenas o são por ele existir. O amor, o agri-doce, frio, feio, triste, poético, estranho, devorador amor.
Perdoem-me se me enganei em algo que aqui escrevi, mas também eu já sofri por amor. Todos nós já sofremos por algo tão vulgar. O amor, tão sobrestimado. Digam-me vocês se não estão bem melhores sem estas dores de amor?
O pior deste malandro que é o amor, é que mesmo quando não o temos, sofremos. Pois ele é uma força no dia-a-dia, que nos ampara e faz com que continuemos a andar, para mais à frente pararmos por causa dele. Tão mal está aquele que ama como o que quer amar.


tenho dito

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