sábado, setembro 17, 2011




Vamos voltar atrás uns cinco meses. Era uma terça-feira normal, até que te vi. Vinhas com o meu melhor amigo e eu admito que nem te liguei muito. Mas vocês vieram ter comigo e aí fui obrigada a ligar. Falei sobretudo com o meu melhor amigo, mas não me foste indiferente, nem perto disso. Até que me perguntaste a idade. Eu respondi, e tu perguntaste "Que idade me dás?".
Foi um bom pretexto para te observar. Olhei de alto a baixo, pois tinha justificação para o fazer. Disse "15 anos."
-Bingo.

Não me esqueço também da primeira vez que me falaste depois disso. Tiraste-me a lata de Monster que tinha na mão, deste um gole, agarraste-me pelo braço e levaste-me ao sítio onde tinha comprado a lata. Desde aí começámos a falar mais.
As conversas deixaram de ser inocentes e o teu interesse começou a ser cada vez mais evidente. Convidavas-me para sair, mas eu recusava sempre com uma desculpa esfarrapada. A verdade é que não me sentia bem ao estar ao pé de ti. Tinha sempre medo de parecer ridícula ou demasiado infantil.
Um dia decidi sair. Tinhas namorada naquela altura, mas pelo que me contavas as coisas não andavam bem entre vocês. Precisavas de te divertir, e eu também. Então fomos dar uma volta. Devo dizer que me senti bastante bem cada vez que me abraçavas e dizias que eu era a tua verdadeira mulher, pois nunca te tinha magoado. Sentia-me realmente tua.
Voltámos a sair, mas desta vez à tarde. Creio que foi aqui que as coisas realmente começaram a florescer. Éramos eu e tu juntos, com as nossas conversas e abraços. Com as nossas brincadeiras. Sim, foi neste dia em que tu vieste ter à minha casa e me fizeste uma serenata. Dois dias depois, voltámos a estar juntos. Que saudades desses tempos! Tu abraçado a mim, eu a brincar com os teus dedos, tu a morder-me o ombro gentilmente...
Foste-me levar a casa. Seria a última vez durante 1 mês e meio que me irias ver, tocar, sentir. Abraçaste-me com toda a tua força, e eu deixei de respirar durante uns segundos. Senti-me protegida por ti.
Apaixonei-me por ti.

Diz-me uma coisa: Porque fizeste tudo isto se nunca fizeste intenções de me amar durante muito tempo? Sabes que sou frágil, partida por dentro, magoada, mas mesmo assim fizeste-me cair por ti. O pior é que nem me tentaste agarrar...

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